22.11.11

Brasil deixa Guadalajara com a primeira posição no quadro geral de medalhas

Márcio Rodrigues/CB
Recordista: Daniel Dias mostra, orgulhoso, as 11 medalhas de ouro que faturou em Guadalajara
    
Guadalajara (México) — A delegação brasileira chegou ao Parapan-Americano de Guadalajara com o objetivo de terminar em primeiro lugar no quadro geral, feito conquistado no Rio de Janeiro, em 2007. Após oito dias de competição, os 222 para-atletas podem comemorar, pois a missão foi cumprida. Com 197 medalhas — 81 de ouro, 61 de prata e 55 de bronze —, o Brasil encerrou sua participação com boa vantagem sobre os Estados Unidos, vice-líderes, com 132 medalhas.

 “Esta é a primeira vez que chegamos na frente em um grande evento multidesportivo fora do nosso país. Deixamos para trás potências como os Estados Unidos e o México”, comemorou o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons. “Nós traçamos as seguintes metas para os próximos anos: ser sétimo nas Paraolimpíadas de Londres, primeiro no Parapan de Toronto e quinto nos Jogos do Rio de Janeiro. Estamos muito felizes, pois uma parte dessa missão já foi cumprida”, comentou, referindo-se ao sucesso em Guadalajara.

 Das 13 modalidades disputadas no Parapan, o Brasil ganhou medalhas em 12 — não foi ao pódio somente no tiro com arco. Dessas 12, em nove os brasileiros faturaram ouros — ficaram sem medalhas douradas apenas no tênis em cadeira de rodas, basquete e halterofilismo — e, em seis delas, o Brasil terminou em primeiro no quadro da modalidade — casos do atletismo (60 medalhas), natação (85), goalball (2), tênis de mesa (24), vôlei (1) e futebol (1). Além disso, a delegação bateu 68 recordes — contra 51 no Rio — em Gudalajara. Foram nove americanos, 37 parapan-americanos e dois mundiais.

“No geral, conquistamos menos medalhas do que no Rio (foram 228). Mas lá tínhamos o fator casa a nosso favor. E isso faz diferença, já que tínhamos uma delegação maior e também podíamos abrir provas que nos interessavam. Aqui, não tivemos esse privilégio”, destacou Andrew. Segundo ele, no Rio, houve 254 provas, sendo 123 de natação, esporte no qual o Brasil é um dos melhores do mundo.

 “Aqui, foram realizadas somente 86 provas de natação. Então, logicamente, diminuiu as nossas chances de medalhas. E essa modalidade tem um grande efeito no resultado geral”, explicou o presidente do CPB. Apesar disso, a natação foi novamente a maior fonte de conquistas. “A delegação é muito forte. O Daniel Dias e o André Brasil, por exemplo, dispensam comentários. Não tenho nem como descrevê-los. Temos a honra de tê-los representando o nosso país”, afirmou.
Aos 45 do segundo tempo
A última medalha de ouro do Brasil saiu na final do futebol de 5. A Seleção Brasileira masculina venceu a Argentina por 1 x 0 em um jogo disputadíssimo e que só foi decidido nos minutos finais do segundo tempo da prorrogação. O time, além de ser campeão mundial e paraolímpico, tornou-se bicampeão parapan-americano.

Fonte:
Nádia Medeiros - Correio Braziliense

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